As pragas urbanas são todas as espécies de animais que vivem em áreas urbanas e rurais e oferecem risco à saúde, prejuízos econômicos ou ambos. As pragas migram para as zonas urbanas buscando alimentação e abrigo, o que é proporcionado pelo próprio homem, quando esses mantêm ambientes sujos e quando depositam lixo em locais inadequados. Dentre as principais espécies encontradas em áreas urbanas destacam-se os ratos, mosquitos e pombos.
Todas as denúncias de relatos de pragas recebidas pela população por meio de ofícios, telefones e e-mails são atendidas no prazo de acordo com a demanda. Um técnico é enviado ao local, para a realização de uma avaliação técnica e ações de acordo com cada situação.
ORIENTAÇÕES PARA CONTROLE DE CARAMUJOS
O verão é um período chuvoso, apesar de os últimos dias terem sido de sol. Mas o Centro de Controle de Zoonoses lembra que após a chuva, os caramujos africanos (que já se tornaram uma praga no Brasil) se proliferam, pois eles gostam de ambientes quentes, úmidos e com sombra. Os quintais das residências e os terrenos abandonados são lugares para a reprodução dos moluscos. Em Campos dos Goytacazes desenvolvemos um trabalho de orientação em relação aos cuidados com o animal.
A orientação é que o caramujo seja coletado. Quem for fazer a coleta deve estar com as mãos protegidas com luvas ou sacolas plásticas. Depois, o caramujo deve ser colocado em uma lata e queimado. As conchas devem ser quebradas para não acumular água, evitando assim que elas se tornem depósito de larvas do mosquito da DENGUE . Caso os moradores queiram esclarecer alguma dúvida sobre o assunto é só ligar para (22) 98173-0471.
O animal chegou ao Brasil na década de 80. Ele foi trazido de forma ilegal, por produtores rurais, como uma alternativa mais rentável para substituir o Escargot. Contudo, a iniciativa não foi bem sucedida. Abandonado, ele se tornou uma praga que poucas pessoas sabem como combater. O molusco transmite a Meningite e o Sinofília, pois ele atua como hospedeiro intermediário de um verme, o Angiostrongylus Catonensis, agente etiológico da doença. De acordo com estudos, o ser humano participa do ciclo como um “hospedeiro acidental” do verme, ao ingerir alimentos que estejam contaminados por um meio do contato com secreção do animal. Outra forma de contágio é o consumo, (não remendado) destes moluscos parasitados.
Atendendo à solicitação de moradores e devido à infestação de CARAMUJOS onde está localizada sua residência, descrevemos abaixo algumas importantes orientações que deverão ser seguidas por todos que residem nessas imediações.
Cuidados em relação ao caramujo africano
- Não ingeri-lo
- Lavar bem as hortaliças, verduras e frutas com água corrente e deixar de molho em solução de água sanitária (cândida) a 2,5% (uma colher de sopa de água sanitária diluída em um litro de água) durante 15 a 30 minutos. Outra maneira é deixar de molho em vinagre (uma colher de sopa de vinagre para um litro de água).
- Não tocar nos caramujos sem proteção
- Lavar as mãos com água e sabão, caso haja algum contato com o molusco
- Não transportá-los nem jogá-los vivos em terrenos baldios, ruas, matas, restingas, córregos etc.
- Como fazer o controle restringe-se, basicamente à catação manual periódica desses animais e dos ovos (proteção das mãos com uso de luvas ou sacos plástico) e posterior eliminação, preferencialmente por incineração. Pode-se também coletar os caramujos e posteriormente esmaga-los e enterrá-los acrescentando uma colher de cal virgem para evitar a contaminação do solo.
Orientação para controle de Pombos
O pombo (Columbalivia) é uma ave que faz parte da família dos columbídeos, originária da Europa. Foram introduzidos por volta do século XVI na América do Sul, e se adaptaram aos centros urbanos pela facilidade de encontrar abrigo e alimento. São encontrados no mundo todo, principalmente nas grandes cidades, com exceção das regiões polares. Na natureza, os pombos têm a função de controlar insetos e disseminar sementes das plantas que utilizam como alimento – as sementes são eliminadas nas fezes, prontas para germinar no solo.
Abrigam-se em locais altos, como torres de igreja, forro de telhados, topos e beirais de edifícios, vãos de instalação de ar condicionado, etc. São aves não migratórias e permanecem no mesmo local a vida inteira. Fazem seus ninhos de forma muito rudimentar e com qualquer material, como gravetos de árvores, canudos plásticos, pregos, e até esqueletos de outros pombos sobre seu próprio excremento.
Os pombos vivem de 15 a 30 anos na natureza, e somente de 3 a 5 anos nas cidades. Formam casais por toda a vida, tendo de quatro a seis ninhadas por ano, cada uma com até dois filhotes – os ovos são incubados por 17 a 19 dias. Os filhotes começam a voar com 30 dias, e tornam-se adultos entre seis e oito meses de idade.
Nas grandes cidades há muitas pessoas que alimentam os pombos com milho, pão e até restos de refeições. Recebendo esse alimento, as aves deixam de buscar na natureza os alimentos adequados à sua dieta, como grãos, frutos e sementes. A oferta ou escassez de alimentos influencia a reprodução dos pombos. Em locais onde há fartura de alimentos ocorre o aumento da população destas aves. Se há escassez de alimentos, a população tende a diminuir até chegar a um patamar de equilíbrio. Sua densidade populacional é relacionada às particularidades dos locais que habitam, e à facilidade de acesso ao alimento e ao abrigo.
Riscos à saúde
Vários fungos e bactérias podem se desenvolver nas fezes ressecadas dos pombos. A inalação da poeira desses restos, além do consumo de água e alimentos contaminados por estes micro-organismos, pode causar graves doenças respiratórias, como a Criptococose e a Histoplasmose.
Geralmente, as vítimas destas doenças são pessoas que convivem com grande quantidade de aves em ambientes fechados, sem padrões de higiene e sem controle veterinário, ou pessoas com deficiências imunológicas causadas por doenças pré- existentes.
Principais doenças transmitidas por meio de fezes e dejetos dos pombos:
- Criptococose
- Histoplasmose
- Clamidiose
- Salmonelose
- Dermatites
- Alergias
Problemas ambientais
- As fezes dos pombos podem contaminar a água e os alimentos, tornando-os impróprios para o consumo.
- As fezes ácidas dos pombos causam danos em pinturas, superfícies metálicas, monumentos e fachadas.
- Em locais onde os pombos são alimentados ocorre proliferação de roedores e insetos.
Métodos de manejo populacional
Medidas de médio e longo prazo.
O manejo adequado de restos alimentares, rações, o acondicionamento correto do lixo são medidas relevantes no controle de pombos.
- Realizar a remoção periódica de ninhos, com coleta e descarte dos ovos e limpeza dos pontos onde os pássaros se abrigam.
- Não alimentar as aves.
- Controle de abrigos
- Vedação de espaços de abrigos
- Uso de telas protetoras