Segundo dados da secretaria municipal de Saúde, foram confirmados, neste ano, 22 casos de dengue, 92 de chikungunya e dois de zika
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campos pede à população que redobre os cuidados com o vetor das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), principalmente diante da combinação de chuva e sol, que propicia um clima adequado para a proliferação do mosquito Aedes aegypti e albopictus. O diretor do CCZ, Carlos Morales, explicou que a recomendação é a mesma, ou seja, não deixar qualquer material que possa acumular água nas casas e nos quintais.
Segundo Morales, as visitas domiciliares continuam sendo realizadas a cada dois meses, mas somente na área externa dos imóveis, como frente, lados e fundos do quintal ou terreno. “Por causa da pandemia pelo coronavírus, os Agentes de Combate às Endemias não têm entrado nas casas”.
O coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores do CCZ, Claudemir Barcelos, explicou que os agentes também fazem visitas, a cada 15 dias, em pontos estratégicos, como borracharia, ferro-velho, escolas, igrejas, entre outros, para monitorar e recolher os focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
“Também estamos instalando ovitrampas, pequeno recipiente de plástico preto, semelhante a um vaso de planta, em áreas urbanas e rurais para o monitoramento de infestação do Aedes”, disse.
Entre os meses de maio e agosto deste ano, 435.921 mil imóveis foram visitados pelos agentes. Já nos pontos estratégicos, foram realizadas 6.449 mil visitas. De acordo com Claudemir, o número de focos encontrados nos domicílios continua alto. “Recolhemos 9.115 focos entre os meses de janeiro e agosto”, disse ele, destacando que os focos são recolhidos e levados para serem examinados em laboratório.
Devido ao feriado de 7 de Setembro, os números do mês de agosto ainda não foram fechados. “Somente em agosto recolhemos 996 focos. Outros ainda estão sendo analisados, sendo assim, os números podem aumentar”, afirmou. Além do Aedes aegypti, os agentes têm encontrado outro tipo de mosquito, o Aedes albopictus, mas em pequena escala, na zona rural e urbana do município. O albopictus apresenta características morfológicas semelhantes a do Aedes aegypti e a mesma capacidade de proliferação.
Claudemir reforça a importância de se adotar medidas de prevenção contra a dengue. Ele citou a campanha “10 minutos contra o Aedes”, lançada em todo o país, que incentiva às pessoas a tirarem 10 minutos, por semana, para a limpeza dos principais criadouros do mosquito, que vive e se reproduz, principalmente, dentro e ao redor das casas. “Com essa ação, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão dessas doenças”, explicou.
Dados da Secretaria de Saúde apontam que, neste ano, foram confirmados 22 casos de dengue dos 52 notificados; 92 de chikungunya dos 134 notificados; e dois de zika dos 17 notificados.