Mapa da dengue no Estado e febre maculosa em debate no CCZ

Representantes do governo do Estado, técnicos, médicos e enfermeiros, passaram a manhã desta terça-feira debatendo os temas na sede do (CCZ)

Representantes de municípios da região norte do Estado do Rio de Janeiro estiveram reunidos, nesta terça-feira (20), na sede do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), para uma reunião de preparação da resposta ao cenário atual da dengue, em Campos. Técnicos do Governo do Estado passaram a manhã em duas frentes de trabalho com agentes de saúde, médicos e enfermeiros. De Campos, participaram das reuniões o diretor do CCZ, Carlos Morales; o médico infectologista e diretor de Vigilância Epidemiológica, Rodrigo Carneiro; o diretor do Centro de Referência da Dengue, Luís José de Souza; e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury.

Coordenadora do Núcleo Descentralizado das Ações de Vigilância em Saúde da região Norte, Mariane Melo deu o pontapé inicial ao lado da diretora da Gerência de Zoonoses do Estado do Rio de Janeiro, Cristina Jordano. “Esse contato com os municípios e essa troca de ideias são fundamentais para que tenhamos melhores resultados. É também dar oportunidade para que todos os municípios se manifestem e coloquem aqui as suas questões”, declarou Mariane.

Da comitiva estadual, participaram também o enfermeiro Renato Dantas e Alexandre Correia, da Gerência Técnica de Vetores do Estado. A região norte foi composta pelos municípios de Campos, Macaé, Quissamã, Carapebus, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, São Fidélis e Conceição de Macabu. Todos enviaram representantes para as reuniões.

Rodrigo Carneiro, que participou das duas frentes de trabalho, ratificou a importância do estreitamento de relações com o Governo do Estado e a Fiocruz. “A troca de informações a respeito do comportamento da epidemia é muito importante e os relatos e as informações nos mostram que provavelmente ainda teremos uma piora no cenário epidemiológico do município. Também, por isso, estamos recomendando para a população a descentralização do atendimento. As pessoas com os sintomas de dengue devem procurar preferencialmente as unidades básicas de saúde e as unidades pré-hospitalares. O Centro de Referência da Dengue e os hospitais estarão abertos, mas pedimos que a população colabore buscando as unidades mais próximas de suas casas”, detalhou Rodrigo.

Carlos Morales lembrou que é imperativo que a população siga participando das ações de combate ao mosquito transmissor da dengue. “Nós estamos aqui, hoje, trocando informações, ouvindo relatos de agentes de outros municípios, e temos certeza, com tudo isso, de que a população precisa ser a nossa maior aliada. Cerca de 80% dos focos encontrados estão dentro das residências. Eles não estão na rua, em terrenos baldios ou em qualquer outro lugar, esses focos estão dentro das residências. Precisamos da ajuda da população”.

Febre Maculosa – Em outra frente de trabalho, o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Pedro Coscarelli, se reuniu com médicos de todos os municípios representados para tratar da Febre Maculosa. Ao seu lado estava Elba Lemos, da Fiocruz, referência nacional e da América Latina em Febre Maculosa.

“A nossa vinda aqui é para fortalecer o conhecimento dos médicos sobre a abordagem de febre maculosa brasileira, dengue e outras condições que vivemos no estado do Rio. A cada ano retornamos para essa atualização, com a explosão da dengue e casos recentes de febre maculosa, nada melhor que a professora Elba para nos ajudar”, explicou Coscarelli.

As duas reuniões aconteceram simultaneamente. Enquanto os técnicos e agentes de vários municípios discutiam o mapa da dengue no estado do Rio, as questões médicas eram debatidas em outra frente de trabalho.

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