CCZ intensifica ações na praia do Farol de São Tomé com mutirão nesta quinta-feira

Agentes estarão concentrados em frente à sede do Meio Ambiente, a partir das 9h30

Dando continuidade ao trabalho que já vem sendo realizado na praia do Farol de São Tomé, Agentes de Combate às Endemias (ACE) do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estarão nesta quinta-feira (29), a partir das 9h30, percorrendo as ruas do litoral campista. O mutirão tem como objetivo a prevenção e o combate às quatro espécies de mosquitos mais comuns na região: Culex; Aedes scapularis; Mansonia; Aedes taeniorhynchus, além do Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika, Chikungunya e febre amarela.

Os agentes estarão concentrados em frente ao quiosque do Meio Ambiente e irão vistoriar imóveis residenciais, comerciais e terrenos baldios, além de estarem orientando à população quanto aos cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos. Também será realizada aplicação de larvicida, quando necessário, bloqueio aeroespacial com bomba costal, que possui jato direcionado.

Além disso, o CCZ possui uma motofog que está há seis meses fazendo todo o trabalho de fumacê, percorrendo as ruas do Farol, principalmente, as áreas de alagados, muito comum no litoral campista.

“O trabalho não para no Farol e a partir de segunda-feira (2), nós estamos mandando para lá a bomba de alagados, já que a praia campista é cercada por alagados e, nessas áreas, concentra a maior parte dos mosquitos, que fica bem no meio. Dessa forma, a bomba joga o inseticida a 30 metros de distância para matar esses insetos e não deixar que se proliferem”, explicou o diretor do CZZ, Carlos Morales, acrescentando, também, que essa ação será contínua, sempre que for necessária.

SOBRE AS ESPÉCIES PREDOMINANTES NO FAROL:

Culex – Um mosquito comum em toda região sendo seus criadouros os mais diversos (água limpa, alagados, buracos de árvores, água com bastante matéria orgânica, fossa, entre outros)

Mansonia – O mosquito desse grupo tem uma característica biológica, principalmente as formas imaturas (larvas e pupas) de se fixarem em plantas aquáticas para retirarem o oxigênio necessário à respiração. As espécies Pistia (alface de água) e Eichhornia (aguapé) são as que têm a maior frequência desse mosquito.

Os mosquitos adultos são de porte médio, escuros, com manchas claras nas pernas e um detalhe que os diferencia de outras espécies, são as asas com escamas largas escuras unindo algumas claras. As fêmeas adultas são hematófagas e agressivas, tem hábito preferencialmente noturno, com pico à tarde e às vezes na parte da manhã;

Aedes taeniorhynchus – As formas imaturas se desenvolvem sempre em coleções líquidas no solo, de caráter transitório e com certo grau de salinidade, como poças de água, alagados, charcos de água salobra, buracos de caranguejo, entre outros locais. Seus ovos, bastante resistentes à dessecação, são depositados em locais úmidos de solo sujeito a alagamento.

Pelo motivo dos seus criadouros serem transitórios, a população de mosquito aparece praticamente no verão após fortes chuvas.

Outro gênero comum na Baixada Campista é o Aedes scapularis. Sua característica é uma mancha branca no tórax, criadouros em poça de água e uma picada dolorosa.

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