A maioria dos focos encontrados estava em criadouros móveis, como, por exemplo, os pratinhos de plantas, potes de água animais, brinquedos jogados
Campos apresentou um percentual de 2,8% no Índice de Infestação Predial (IFP) para Aedes aegypti. Os dados foram obtidos por meio do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado na cidade, no período de 03 a 07 de outubro, pelo Centro de Controle de Zoonoses—CCZ, que é vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Esse resultado é o mesmo da pesquisa anterior, realizada em junho, e representa um sinal de alerta.
O índice é considerado de médio risco com relação à transmissão da doença causada pelo mosquito. O Ministério da Saúde classifica os dados em três categorias: até 1% o nível é satisfatório, de 1% a 3,9% a situação é de alerta, superior a 4% há risco de surto de dengue. Até o momento, em 2022, foram confirmados 181 casos de dengue, quatro de chikungunya e dois de zika vírus.
O LIRAa é o mapeamento rápido dos índices de infestação por Aedes aegypti que identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do município. De acordo com a pesquisa amostral, foram inspecionados 8.190 imóveis de 100 bairros que compõem os 19 estratos, constatado que dos 283 focos encontrados, a maioria, ou seja 38,5%, estava em criadouros móveis, como, por exemplo, os pratinhos de plantas, potes de água animais, brinquedos jogados.
Já os criadouros fixos, como calhas, ralos, sanitários em desusos, tanques em obras, representam 18,4% e os criadouros passíveis de promoção ou proteção, a exemplo de pneus, lixo (recipientes plásticos, latas), sucatas e entulhos, somam 15,5%. Os depósitos naturais e de armazenamento de água para consumo representam menos de 15%.
“Este levantamento permite o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas”, explica o coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos.
Ainda segundo Claudemir, a partir do resultado do LIRAa, o Centro de Controle de Zoonoses estará adotando uma série de providências “para intensificar as ações de prevenção, controle e combate ao vetor nos bairros com maior índice de infestação”, completou.
Medidas preventivas para controle
O diretor do CCZ, Carlos Morales, reforça a importância da participação diária da população no combate ao mosquito. “É importante reforçar que os moradores continuem colaborando e eliminando criadouros do mosquito, evitando objetos que acumulem água parada, como garrafas, vasos ou pneus nos quintais. Caixas de água devem ser bem tampadas e os pratos dos vasos de planta preenchidos com areia para não acumularem água”, ressaltou.
Os moradores estão sendo orientados sobre como prevenir a dengue, zika e chikungunya, evitando objetos que possam acumular água parada e servir de depósito para os ovos do mosquito durante as visitas domiciliares dos Agentes de Combate às Endemias (ACEs). Também será divulgado em breve um novo cronograma de mutirão e quais os bairros a serem contemplados.