Dia Mundial da Raiva visa conscientizar sobre a prevenção da doença

Não há casos de raiva humana no município e nem de animais com a doença, segundo o CCZ, que vem realizando campanhas de vacinação antirrábica desde janeiro deste ano

 

Nesta quarta-feira (28) é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Raiva. A data foi criada em homenagem a Louis Pasteur, que foi quem desenvolveu a primeira vacina eficaz contra a doença, que pode acometer todas as espécies de mamíferos, inclusive seres humanos. A Secretaria Municipal de Saúde informa que não há casos de raiva humana no município e nem de animais com a doença.

 

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), por meio das campanhas de vacinação antirrábica, destinada a cães e gatos, tem contribuído para a prevenção da raiva animal e, consequentemente, humana. O diretor do CCZ, Carlos Morales, ressaltou que, desde janeiro deste ano, o órgão vem realizando mutirões para levar a vacina a todos os bairros e distritos do município. Desde então, segundo ele, 25.819 animais já foram imunizados.

 

“Além dos mutirões e do Dia D de vacinação, realizado no dia 24 deste mês, a vacina está disponível diariamente na sede do CCZ, das 8h às 17h, aos sábados e domingos, das 9h às 17h, no Jardim São Benedito, e nos dois Castramóvel. Só não vacina seu pet, quem não quer”, disse Morales, lembrando que uma das unidades do Castramóvel está estacionada no Parque Aurora, enquanto a outra no Centro de Educação Ambiental (CEA) Prata Tavares, situado no Parque Calabouço.

 

Entre os meses de janeiro e agosto deste ano, o Hospital Ferreira Machado (HFM) atendeu 1.162 pacientes vítimas de mordedura de animais. O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que funciona na secretaria de Saúde, disponibiliza a vacina preventiva contra a raiva humana. Entre os meses de janeiro e agosto deste ano, o Crie aplicou 2.017 vacinas.

 

A vacina é indicada para crianças e adultos, podendo ser administrada antes e após a exposição ao vírus, que é transmitido para as pessoas quando a saliva do animal infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo agressão. A mordida pode ser de cachorro, cavalo, morcego, porco e gato, como ocorreu com a dona de casa Edinete Moreira dos Santos, 39 anos.

 

A dona de casa esteve no Crie para tomar a primeira dose da vacina após ser mordida na mão esquerda por um gato de rua. “Fui primeiro ao Ferreira Machado e lá me disseram que teria que tomar quatro doses da vacina”, contou ela, ressaltando que foi bem atendida tanto no HFM, quanto no Crie.

 

O assessor técnico de Imunização da secretaria de Saúde, Leonardo Cordeiro, confirmou que, em caso de acidentes por mordedura ou arranhadura por algum animal, a pessoa deve procurar a emergência do HFM, após lavar o ferimento com água e sabão.

 

“É o médico quem vai avaliar se a vítima precisará de profilaxia por meio do uso de soro antirrábico humano e, posteriormente, da vacina. Se houver prescrição para a vacina, o hospital é quem encaminha esse paciente para o Crie”, disse ele, ressaltando que os profissionais que trabalham em clínicas veterinárias e estudantes do curso de Veterinária também podem tomar a vacina, mediante o encaminhamento de ofício para a secretaria.

 

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