Adoção – Me arrependi de adotar o meu cachorro, e agora?

O número de cães abandonados só aumenta devido à falta de planejamento e arrependimento dos tutores

 

Ao olhar para a cara fofinha de um cachorro, muitas pessoas agem por impulso e acabam realizando a adoção.

 

Essa atitude, tão admirável, feita sem planejamento e estrutura para receber o animal, pode causar o abandono.

 

Atualmente, há 20 milhões de cães no Brasil sem um lar. Muitos deles foram deixados nas ruas por arrependimento das pessoas que os levaram para casa.

 

Segundo uma matéria publicada no site Veja Saúde, mostrou que a busca por adoção de cães e gatos aumentaram 50% no início da pandemia.

 

Contudo, o número de animais abandonados cresceu 61% entre junho de 2020 e março de 2021.

 

Há muitos relatos de pessoas que adotaram durante o isolamento social, pois quiseram a companhia de um pet para não se sentirem sozinhas, sem pensar no animal após o fim do confinamento.

 

Com o fim da quarentena e o retorno ao trabalho, muitos bichinhos foram devolvidos e abandonados, por irresponsabilidade e falta de planejamento.

 

Quais motivos causam arrependimento?
Além do fim do lockdown, outros motivos levam o tutor a reconsiderar se quer mesmo ter o pet dentro de casa.

 

Falta de adaptação

 

Os primeiros dias do cachorro dentro de casa costumam ser difíceis, mas não é motivo para desistir.

 

A maioria dos cães dão um pouco de trabalho para dormir por medo do novo ambiente, é tudo muito novo para eles.

 

Com o comportamento não é diferente. Fazer xixi no lugar errado, morder um objeto que não pode, tudo isso é algo esperado.

 

O cão aprende a se comportar quando nós o ensinamos. A fase de aprendizado exige paciência e dedicação, mas dá certo.

 

O ideal é deixar o cantinho dele bem aconchegante, ensinar o que deseja nos primeiros dias, para que ele vá se acostumando com a rotina da casa e crie uma conexão com seus tutores.

 

Tudo o que esperamos de um cão, cabe a nós ensinarmos.

 

Sem tempo para cuidar
Um animalzinho precisa de cuidados especiais. Dedicar o tempo para alimentá-lo, cuidar da saúde, limpar o cantinho dele, é o básico.

 

Mas também é preciso dar muito carinho, brincar, entretê-lo diariamente e levá-lo para passear por, pelo menos, 30 minutos todos os dias.

 

Com a falta de estímulos, o cão pode desenvolver hábitos não tão legais e comportamentos destrutivos, buscando aliviar a ansiedade, estresse e energia acumulada.

 

O bichinho anda aprontando porque não passeia e não brinca. Se desfazer dele por isso não é o caminho certo.

 

Mas mudar a rotina do pet e inserir atividades ao longo do dia pode mudar, e muito, o comportamento dele.

 

Não consegue pagar os custos do cachorro
Os gastos básicos de um cachorro vão desde a caminha e ração, até as consultas médicas e remédios.

 

Assim como uma pessoa, um cão também pode ficar doente. Negar assistência médica é considerado maus-tratos pela lei.

 

Caso não possua recursos financeiros para cobrir os gastos, há opções para manter a saúde e bem-estar do animal de um jeito mais em conta.

 

Castração gratuitas em campanhas de castração;

 

  • Dar banho no pet em casa;
  • Vacinar gratuitamente em campanhas de vacinação;
  • Comprar ração e itens para pets em lojas online com cupons de desconto;
  • Produzir brinquedos interativos para o pet em casa.

 

Lembrando que um cachorro vive em média de dez a quinze anos, ou seja, esse será o tempo que demandará gastos.

 

Um pet de porte maior costuma dar mais gastos com ração, itens de higiene, banho, etc.

 

O planejamento é muito importante, mas se o pet já está em casa, dá para reduzir alguns gastos com essas alternativas.

 

Está tendo problemas com ele
Cada cachorro possui uma personalidade diferente. Uns são mais tranquilos, outros são mais agitados.

 

Os filhotes costumam ter muita energia para gastar e demandam mais atenção do dono.

 

Já os cães resgatados que vieram das ruas podem apresentar um comportamento mais arisco por medo de repetir o que já vivenciou. Eles carregam grandes traumas.

 

Independente do comportamento do animal, é preciso paciência, tentar novas abordagens com ele, ou até mesmo pedir a ajuda de um profissional que consiga lidar com o temperamento do animal.

 

Os cães são como filhos, nada é fácil nos primeiros dias, mas educando e ensinando, tudo pode mudar.

 

Não abandone!
Se mesmo após tentar todas as dicas a opção for não ficar mais com o totó, não o abandone!

 

Colocar um cão na rua é deixá-lo sujeito a passar todos os tipos de situações horríveis, como maus-tratos, fome, frio, e até mesmo sofrer um acidente.

 

Há diversas ONGs que recebem cães, pessoas que oferecem a casa como lar temporário até a adoção ocorrer.

 

É o mínimo para se certificar de que ele vá para uma casa boa, com uma família que tenha condições de cuidá-lo e não irá se desfazer dele.

 

Os cães têm sentimentos e é péssimo passar por tudo isso. Ele precisa de um lar para ser feliz até a sua velhice.

 

Há instituições muito lotadas, que não conseguem mais receber pets. Então, antes de tomar uma atitude drástica, tente mais um pouco. Quem sabe esse arrependimento não se transforma em solução e mais amor?

 

 

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