Nas ações de controle larvário devem sempre priorizar o tratamento mecânico, que é a identificação, remoção e destruição ou destinação correta de possíveis criadouros do mosquito
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) promoveu, nesta quinta-feira (30), a capacitação de quarenta e cinco supervisores que atuam no combate as arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e albopctus. O treinamento foi realizado no auditório da Fundação Norte Fluminense de Desenvolvimento Regional (Fundenor), com objetivo de qualificar e fornecer conhecimento, informações técnicas e legislação sobre o larvicida biológico, o Espinosade, que será usado no controle de larvas do mosquito.
De acordo com o coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos, a troca de inseticida foi promovida pelo Ministério da Saúde. “O novo larvicida vai substituir o Piriproxifem. Por ser biológico, o produto garante um menor impacto ambiental, além de ser de baixo impacto a saúde humana”, observou.
Nas ações de controle larvário devem sempre priorizar o tratamento mecânico, que é a identificação, remoção e destruição ou destinação correta de possíveis criadouros do mosquito. Já o controle químico, que é realizado pelos Agentes de Combate às Endemias (ACEs) durante visitas domiciliares, é voltado para tratamento de depósitos que não podem ser eliminados ou manejados de outra forma, de maneira completar ao mecânico. “As duas ações são fundamentais para a redução da proliferação do vetor”, completou.
A capacitação técnica foi ministrada pelo subcoordenador do Programam de Controle de Vetores, Sílvio Sidney Pinheiro. Ele explica que o novo larvicida, em formato de pastilha efervescente, além de ser mais fácil de manuseio apresenta baixa toxidade ao ambiente, preservando de sua ação plantas, outros invertebrados e predadores larvários que por ventura estejam no depósito tratado ou que venha ter contato.
“A ação do Espinosade é diferente dos larvicidas anteriores, pois age diretamente na larva do mosquito. Assim que o larvicida entre em contato com os neuroreceptores, a larva entre em espasmo contínuo, seguindo de paralisia e morte. Tudo isso em um dia”, explica Silvio.
“Além da ação imediata, o larvicida tem um poder residual muito grande, pois o princípio ativo continua sendo liberado por 60 dias ou mais, mesmo em depósito como caixa d’água em que há troca de água constante”, disse o subcoordenador.
Os supervisores gerais e de campo que participaram da capacitação é quem fará o treinamento de seus ACEs, um total de 373, na própria área de atuação. “A capacitação permite que o supervisor seja o multiplicador da informação para seus agentes, formando pequenos grupos e evitando aglomeração nesse período de pandemia”.