Orientações para prevenir a presença de pombos

É importante não alimentar os pombos e fechar buracos e janelas para reduzir a população urbana, que muitas vezes é resultado da reprodução de aves soltas por antigos criadores

A situação dos pombos na cidade é um desafio, segundo informou a coordenadora do setor de Controle de Animais Peçonhentos e Sinantrópicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a veterinária Carla Chicarino. Ela explica que a lei 141 de 2006, que é uma Instrução Normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estabelece que não se pode usar métodos de combate direto aos pombos, como venenos ou armadilhas. Em vez disso, a legislação foca em orientações para prevenir a presença dessas aves em áreas urbanas.

A situação dos pombos na cidade é um desafio, segundo informou a coordenadora do setor de Controle de Animais Peçonhentos e Sinantrópicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a veterinária Carla Chicarino. Ela explica que a lei 141 de 2006, que é uma Instrução Normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estabelece que não se pode usar métodos de combate direto aos pombos, como venenos ou armadilhas. Em vez disso, a legislação foca em orientações para prevenir a presença dessas aves em áreas urbanas.

Chicarino salienta que é importante não alimentar os pombos e fechar buracos e janelas para reduzir a população urbana, que muitas vezes é resultado de aves soltas por antigos criadores. A conscientização é essencial para lidar com essa questão. “Uma das principais recomendações é não alimentar os pombos; pois, além de atrair mais aves, pode ser considerado maus-tratos, pois prejudica a saúde das aves e agrava problemas relacionados à superpopulação, já que as impede de buscar sua alimentação natural, devido a oferta constante de alimento. Além disso, lacrar entradas em telhados e destruir ninhos quando observados, também são medidas importantes”, pontuou.

A veterinária destaca que as fezes de pombos podem transmitir doenças para os seres humanos, principalmente por meio de dois fungos: Histoplasma capsulatum, que pode causar histoplasmose, uma infecção pulmonar que, em casos mais graves, leva a complicações respiratórias. A infecção ocorre quando esporos do fungo são inalados, geralmente em ambientes onde há acúmulo de dejetos desses animais, e o Cryptococcus, que particularmente é mais perigoso para pessoas imunocomprometidas, pode causar meningite fúngica, uma condição grave que afeta as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A infecção por Cryptococcus também pode se espalhar para os pulmões e outros órgãos. Essas patologias ressaltam a importância de manter áreas urbanas limpas e evitar a alimentação dos pombos para proteger a saúde pública.

“Para evitar a contaminação ao limpar fezes de pombos, recomenda-se a desinfecção com cloro meia hora antes de varrer. Isso ajuda a neutralizar os esporos do fungo. Após o tempo de espera, você pode usar água para umedecer a área antes de varrer para evitar que os esporos sejam levantados e inalados. Cuidado com água pura, pois pode resultar em infecções fúngicas na pele, então sempre utilize cloro primeiro”, aconselhou.

A coordenadora reforça que a histoplasmose é uma doença silenciosa que pode causar sintomas semelhantes a uma gripe, como secreção e catarro. “Quem teve contato com fezes de pombos e apresentar esses sintomas deve informar ao médico no momento da consulta”, recomendou.

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